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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Neve de Natal


Cai a neve de natal sobre os templos da cidade!
Cai e escorrega e aos poucos tudo invade.

Sobre as casas e oficinas,
sobre as almas pequeninas.
Cai na Igreja reformada,
cai na ponte e sobre a estrada.
Sobre os bancos e as finanças
cai a neve e tudo amansa...

E a criança corre afoita pela neve da cidade!
Cai e escorrega, atrás de tudo que lhe agrade.

Tantas luzes cintilantes,
muitas renas e elefantes!
São bonecos sorridentes,
guloseimas e presentes. 
E o presépio natalino
(a lembrança do menino!)... 

A esperança cai do Alto como flocos da Verdade!
Cai e escorrega e nos convida à suavidade.

Todo ano as luzes vêm
despertando mais alguém!
Todo ano cai a neve,
mesmo num momento breve.
Todo o ano há quem aguarde
jubiloso, a caridade!

Cai a neve de natal sobre os templos da cidade!
Cai e escorrega e aos poucos tudo invade.

Gilberto de Almeida
22/12/2017


terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Perdão

(Vicente Galeano)

Pacifica o teu coração.
Esquece as mágoas do passado
no mesmo lugar isolado
no qual por ora elas estão.

Fecha as portas do alçapão
que deveria estar trancado
por um potente cadeado
 conhecido como perdão.


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Cálice Sagrado



A vida do cristão é doce alento
oferecido em taça de amargura 
ao coração sofrido que procura
servir sem recompensa, oculto e isento.

É cálice sagrado o seu intento,
na Terra derramado, com doçura,
porque, se entrega luz, recolhe a escura
ingratidão do mundo desatento.

Porém, não se intimida; segue adiante!
Donde a energia imensa que garante
tal brio, tão incomum, tão pouco visto?

É que essa força nasce além da Terra
e ao servidor humilde se descerra
como a esperança, luz e amor do Cristo.

Gilberto de Almeida
04/12/2017


Cartão Fraterno

(Luiz Guimarães - em "Lindos casos de Chico Xavier". Poema psicografado por Chico Xavier)


Abre teu coração à luz divina
Para que a luz do amor em ti desponte.
E subirás, cantando, o monte
Que de bênçãos celestes se ilumina.

Honra a luta na terra que te inclina
À sublime largueza de horizonte.
A nossa dor é a nossa própria fonte
de profunda verdade cristalina.

Quebra a escura cadeia que te isola!
Faze de teu caminho a grande escola
De renascente amor, puro e fecundo!

Deixa que o Cristo te penetre a vida
E que sejas do Mestre a chama erguida
À luminosa redenção do mundo.