Pesquisar neste blog

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Soneto de natal


Da manjedoura, há dois mil anos, vem à mente,
dos labirintos da memória, doce aviso
de amor e paz, a impressionar-nos, num preciso
lembrete vivo, tão singelo quão pungente.

Mas, tal mensagem distorcemos pela lente
duma ilusão; da nossa falta de juízo!
Entorpecidos, olvidamos o sorriso
de amor do Cristo, a conclamar-nos, suavemente...

Deseja Ele, acaso, o nosso desatino
por celebrar-lhe a imagem pura e imorredoura,
na comilança, consumismo e ostentação?

Ou que ofertemos, como asilo natalino
à dor alheia, a imitação de manjedoura
em nosso peito: - o nosso próprio coração?

Gilberto de Almeida
23/11/2015


Nenhum comentário:

Postar um comentário