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domingo, 30 de junho de 2013

Cenas em um Shopping - XXXIV



No restaurante, a senhora de tailleur preto!
("tailluer", é assim que se escreve?)

- Por favor,
(começou bem)

- e acenou com o dedinho para a garçonete -
(iiiiih....) -

você tem que
(agora estava sendo imperativa e decisiva! Será que a garçonete tinha mesmo que?)

limpar isso aqui!
(não me parecia a função da garçonete)

O dedinho de novo, dessa vez apontado para o chão!
(porque será que detesto tanto os dedinhos apontando? De fato havia um pequeno acúmulo de substância oleosa no chão)

Eu
(o ego!)

quase que caio!
(por quê não caiu? Meu lado mau!)

Minutos depois veio outra moça, vestindo um uniforme branco,
("uniforme" eu sei como se escreve. E gosto mais de branco que de preto!)

olhos entristecidos, como se guardasse no peito a amargura do mundo, agachou-se e ali, ao nível do chão, começou a limpar, humildemente.
(seus olhos se encontraram com os meus e a amargura do mundo, então, mudou de peito!)

A senhora do tailleur preto, comia, indiferente. Junto a ela, seu acompanhante, um senhor de ar respeitável, sorria!
(zebras e leões!)

Gilberto de Almeida
30/06/2013



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