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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Um estudo sobre o preconceito

Decidi estudar o preconceito
do ponto de vista de um homem
que não tem preconceitos.

Que belo! Que Sublime!, diria um tolo!
Que sofisma, digo eu!

Pois, se tenho um ponto de vista, que é o do homem sem preconceitos,
antes mesmo de iniciar o meu estudo sobre o preconceito,
então tenho um ponto de vista que existe
antes mesmo de ter conceito;

Então tenho um preconceito!

Daí vem
- e vem com um sorriso sardônico mal contido -
daí vem que Descartes estava errado
e o racionalismo é mentira de gente preconceituosa!

Daí vem, também,
a graça e a bênção de ser poeta,
porque se eu não o fosse
iria pensar que todo discurso
- de maiorias ou de minorias -
era puro preconceito!

Mas como poeta não penso
(graças a Deus não penso nada!);
apenas sinto

e sinto muito!

Gilberto de Almeida
19/04/2013

2 comentários:

  1. E o sentir é bem mais importante que o pensar.
    Gilberto, suscitou uma grande introspecção!
    Todos nós temos preconceitos! Quando ouço alguém iniciar um discurso dizendo "Não tenho preconceito, mas..." ou "Não tenho nada contra isso, mas..." sei que vou ouvir algo preconceituoso.
    É normal, suponho, que todos tenhamos preconceitos. Só à nascença poderíamos dizer que estamos limpos de qualquer influência. Cada experiência da vida, cada dificuldade, cada felicidade, criam em nós opiniões das quais se torna muito difícil afastar-se. E isso, são preconceitos.
    Afinal, como disse acima, ainda bem que sentimos! No sentimento não pode haver preconceito porque, felizmente, sentimentos não se controlam: vivem-se!
    Muitos parabéns, Gilberto!

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    Respostas
    1. Como fiquei feliz, Dulce, por ver sua reflexão a partir de um poema meu. É muito bom sentir que o que escrevo repercute de algum modo.

      Obrigado!

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