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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Poesias da Vida - XXXV

(Juliana Paula Landim)

Tem gente que não pode dirigir
nem a própria razão;
razão
pela qual
não pode dirigir
a razão dos outros!

Pobre da pessoa que o motorista do ônibus
deixou para traz
na parada.

E trancou as portas por dentro
para que ninguém saísse
para avisar o pobre
retardatário!

E berrava!

Numa ira que não era deste mundo!

E todos os passageiros
ficamos imaginando
que o infeliz abandonado
perdera seus compromissos,
suas bagagens
e sua fé na bondade humana!

E eu fui tomada de um sentimento alienígena
de maldade...

Tem gente que não pode dirigir
nem a própria razão;
razão
pela qual
não pode dirigir
um ônibus!

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