Não vou me colorir hoje
de cores fracas, desbotadas
tênues, desgastadas e tão sérias
como se fossem desnutridas, mal pintadas...
Não vou me colorir hoje
das cores burocráticas dos papéis
tristes, rabiscadas e tão sérias:
- hoje, nada desses tons pastéis!
Não vou me colorir hoje
de cores escuras
cabisbaixas, tortuosas e tão sérias
que me impedem de fazer loucuras!!
Não vou me colorir hoje
de cores frias, escorregadias
esguias, sinuosas e tão sérias
porque já se passaram esses dias.
Sobretudo não vou me colorir hoje
de cores ímpares, nem de cores pares
de cores famosas e tão sérias,
de cores protocolares.
Eu não vou me colorir hoje
senão daquelas cores
inteiras, misteriosas, mas etéreas
que sempre coloriram meus amores!
Gilberto de Almeida
24/07/2012
Este poema participou do projeto "Aquele Poema". Clique aqui e veja.
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